A vovó, o doutor e o google
Eis um resumo do que é a vida, especialmente para as mães de primeira viagem: vovó, doutor e google. Não necessariamente em ordem de importância. A era digital fez a sua bagunça na maternidade também. Há tempos atrás, tudo o que uma mãe tinha de recursos para cuidar de seu bebezinho era o papel de orientações do pediatra e a farta e preciosa experiência da avó. Há tempos ainda mais atrás, nem médico havia, só mesmo a vovó.
Então o futuro chega e nem nos damos conta de como tudo mudou. Até que aquelas pessoas que estão há mais tempo por aqui nos lembram de como é diferente hoje do que foi ontem. Um exemplo clássico para esse conflito de gerações é a chegada de um bebê na família. Uma criança, geralmente muito querida, mesmo antes de chegar já pode gerar muitas expectativas.
E quando chega, que felicidade! Para os pais, uma realização. Para os avós, a dádiva de curtir os pequeninos com mais leveza nesse novo estágio da vida. A atmosfera é de alegria, até que a mamãe chega da maternidade em sua casa e inocentemente (pois nem imaginava em que estava se metendo) repete as palavras do pediatra: "Temos que limpar diariamente o cordão umbilical e aguardar até que ele caia naturalmente. Depois, basta continuar limpando o umbigo do bebê." A vovó, espantada, diz: "mas minha filha se não colocar uma moedinha e enrolar com gaze, o umbigo do neném vai ficar para fora."
O pai, prevendo um conflito, agilmente saca o celular e faz uma busca no google sobre o cordão umbilical, como resultado, centenas de sites, todos eles aparentemente muito confiáveis, fornecem todas as informações que eles precisam saber. Com uma rápida lida, o pai intervem: "É vovó, o doutor está certo, olhe aqui, olhe." Essa foi só a primeira de muitas outras batalhas que o google venceu. A avó, um tanto quanto inconformada pela maneira como a sua experiência fora prontamente descartada, tenta seguir em frente e se concentrar na chegada do netinho.
E assim a vida segue. As dúvidas são tantas, que muitas vezes nem dá tempo de esperar pela consulta mensal com o pediatra. Também não dá só para confiar na palavra da vovó, tanta coisa mudou desde a época dela, não é mesmo? E aí, deixa eu te dizer, o placar do google só dispara. Até o doutor, aberto às inovações, começa a se sentir preterido. Ele deixa transparecer uma certa irritação durante a consulta. "Sim, mamãe, você viu no google, mas nem toda a fonte da internet é confiável, tome cuidado, viu? Não dá para substituir a opinião de um especialista."
E a avó? Ela continua por perto, disponível, apaixonada por aquele serzinho e tentando aprender o seu lugar nesse mundo tão diferente do seu quando fora mãe pela primeira vez. E, é claro, a vida não é só informação. O tempo passa, a mãe se acalma, e vai percebendo que ela não tem que saber de tudo. Que precisa mesmo, para manter a sua sanidade, selecionar quais pesquisas vai fazer na internet. É aí que o placar muda. Na hora do choro inconsolável, das inseguranças, das noites mal dormidas, daquele vale night, aí a vovó percebe como o seu valor não mudou. É, ela tem que conviver com as novidades sim, mas sem temer porque o amor dela é fundamental.
Então o futuro chega e nem nos damos conta de como tudo mudou. Até que aquelas pessoas que estão há mais tempo por aqui nos lembram de como é diferente hoje do que foi ontem. Um exemplo clássico para esse conflito de gerações é a chegada de um bebê na família. Uma criança, geralmente muito querida, mesmo antes de chegar já pode gerar muitas expectativas.
E quando chega, que felicidade! Para os pais, uma realização. Para os avós, a dádiva de curtir os pequeninos com mais leveza nesse novo estágio da vida. A atmosfera é de alegria, até que a mamãe chega da maternidade em sua casa e inocentemente (pois nem imaginava em que estava se metendo) repete as palavras do pediatra: "Temos que limpar diariamente o cordão umbilical e aguardar até que ele caia naturalmente. Depois, basta continuar limpando o umbigo do bebê." A vovó, espantada, diz: "mas minha filha se não colocar uma moedinha e enrolar com gaze, o umbigo do neném vai ficar para fora."
O pai, prevendo um conflito, agilmente saca o celular e faz uma busca no google sobre o cordão umbilical, como resultado, centenas de sites, todos eles aparentemente muito confiáveis, fornecem todas as informações que eles precisam saber. Com uma rápida lida, o pai intervem: "É vovó, o doutor está certo, olhe aqui, olhe." Essa foi só a primeira de muitas outras batalhas que o google venceu. A avó, um tanto quanto inconformada pela maneira como a sua experiência fora prontamente descartada, tenta seguir em frente e se concentrar na chegada do netinho.
E assim a vida segue. As dúvidas são tantas, que muitas vezes nem dá tempo de esperar pela consulta mensal com o pediatra. Também não dá só para confiar na palavra da vovó, tanta coisa mudou desde a época dela, não é mesmo? E aí, deixa eu te dizer, o placar do google só dispara. Até o doutor, aberto às inovações, começa a se sentir preterido. Ele deixa transparecer uma certa irritação durante a consulta. "Sim, mamãe, você viu no google, mas nem toda a fonte da internet é confiável, tome cuidado, viu? Não dá para substituir a opinião de um especialista."
E a avó? Ela continua por perto, disponível, apaixonada por aquele serzinho e tentando aprender o seu lugar nesse mundo tão diferente do seu quando fora mãe pela primeira vez. E, é claro, a vida não é só informação. O tempo passa, a mãe se acalma, e vai percebendo que ela não tem que saber de tudo. Que precisa mesmo, para manter a sua sanidade, selecionar quais pesquisas vai fazer na internet. É aí que o placar muda. Na hora do choro inconsolável, das inseguranças, das noites mal dormidas, daquele vale night, aí a vovó percebe como o seu valor não mudou. É, ela tem que conviver com as novidades sim, mas sem temer porque o amor dela é fundamental.
Comentários